domingo, 29 de setembro de 2013

Metodologia para a elaboração de um Estudo da Bíblia - 1ª parte DICAS DE COMO TRABALHAR COM GRUPOS BÍBLICOS INICIANTES - Valdeci de Oliveira - Biro - CEBI VOLTA REDONDA

Metodologia para a elaboração de um Estudo da Bíblia - 1ª parte

DICAS DE COMO TRABALHAR COM GRUPOS BÍBLICOS INICIANTES


VALDECI DE OLIVEIRA-BIRO
01/08/2013


O PRESENTE TRABALHO PRETENDE SER UMA PONTE ENTRE O POVO DE DEUS E SUA SAGRADA ESCRITURA. FACILITANDO ASSIM, AÇÃO SALVÍFICA NO MEIO DE NÓS.



COMO DIRIGIR ESTUDOS BÍBLICOS PARTICIPATIVOS

É muito importante aprender em grupos pequenos nos que ensina a Bíblia.  Por isso, Deus conta com ajuda dos estudiosos em Sagrada Escritura para ajudar-nos a entender Bíblia. Pois a cada um é dado um Dom Divino (Cf. I Cor 12,1-31). Quando as pessoas descobrem as verdades da fé, é muito mais provável que seu aprendizado, se transforme em ações de vida.

 E, conseqüentemente transforme em novos sentidos e cheios de significados para sua existência a partir dos estudos compartilhados na Palavra de Deus.

Uma maneira boa de formar discípulos (as) em pequenos grupos de pessoa é reunindo regularmente para estudar a Bíblia. À medida que as pessoas vão se desenvolvendo nas relações, elas podem orar junta, compartilhar preocupações pessoais e receber conselhos, ter atos de companheirismo e amizade, tudo isso é positivo e cria vínculos, estes gestos são saudáveis. Além disso, ser parte de um grupo pequeno de Estudos Bíblicos também pode ajudar cada membro da Igreja/comunidade/pastoral se sinta parte de uma família mais ampla.

Se uma Igreja/comunidade/pastoral quer formar grupos de estudo bíblicos, cabe aos líderes o dever de organizar as pessoas em pequenos grupos onde há geralmente uma mistura de idades, mulheres e homens.

É importante ter um líder de contato que facilite e anime a discussão em grupo. Uma vez que os integrantes tenham maior confiança, diferentes membros podem compartilhar a direção de dos estudos.

E muitas pessoas não estão acostumadas com estudos bíblicos participativos. Geralmente elas esperam poder sentar-se em silencio e aprender com as colocações dos dirigentes. É muito importante mostrar aos participantes como tirar proveito destes estudos, ou ainda, é possível que um líder forme um círculo bíblico e simplesmente siga incentivando o grupo na sua caminhada de estudos.

 Existem algumas dicas práticas para ajudar as pessoas a iniciar o estudo da Bíblia de uma maneira participativa.  É preciso fazer uma demonstração aplicativa. Usar os estudos de uma maneira participativa em reuniões de Igrejas ou em oficinas bíblicas para que as pessoas entendam como devem a proceder ou agir.

TAMANHO DO GRUPO
O tamanho dos grupos deve ser entre 4 a 12 pessoas. Se os grupos passarem deste número, é possível que algumas mais tímidas não participem na discussão. O coordenador deve ser um facilitador. Cabe a esse facilitador dever cuidar e prover o maior número de informação acerca de contexto de passagem que será estudada. Isto pode fazer com que as pessoas se sintam animadas, e que essa falta conhecimento possa ser um incentivo maior ao aprofundamento da Palavra.

Incentivar a espiritualidade do grupo: Animando as pessoas a que ore e peçam a ajuda ao Espírito Santo antes de iniciar a leitura. Quando terminarem, agradeçam a Deus por ter aprendido e pedindo ajuda para colocar em prática o que aprendeu em suas vidas diárias.  Cabe ao facilitador, assegurar de que as pessoas não se dispersem em assuntos que não condiz com o tema bíblico tratado no grupo, trocando assim de tema proposto. E voltar ao tema original.

A conversa paralela é uma praga no grupo, além de desviar toda atenção do grupo, só atrapalha quem quer aprender. Às vezes o facilitador queira sintetizar o debate e assegurar que os participantes voltem ao tema inicial.

O facilitador deve estar consciente da necessidade de evitar que as pessoas dominem falem de mais ao invés animar aquelas pessoas mais tímidas que carecem de confiança a compartilhar seus pontos de vista.

Em uma reunião de Círculos Bíblicos mais ampla ou em uma oficina bíblica, o grupo poderá ler a passagem bíblica e a introdução de forma conjunta, e depois dividir em grupos menores.

Podendo anotar cada pergunta de discussão em diferentes folhas de papel e repartir entre os grupos para que cada um estude um aspecto diferente. Logo podem reunir-se e convidar um representante de cada grupo para que compartilhar o que aprendeu.

 É de fundamental importância, ajudar as pessoas a desenvolver a sua capacidade para coordenar e servir de facilitadores em grupos pequenos.  É preciso encher-se do Espirito Santo com a tarefa renovadora de animar o grupo/círculo/estudo bíblico.
Assim, cada líder a capacitará um líder auxiliar ou coadjutor dentro de grupo.

INDICAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO DE UM ESTUDO DA BÍBLIA

Este manual contém muitos estudos bíblicos e fornecem passagens bíblicas adicionais em alguns assuntos. A Bíblia, porém, é uma fonte inesgotável de instrução. Se você precisa preparar estudos bíblicos sobre outros temas, oferecemos aqui algumas orientações úteis. A próxima página foi projetada para facilitar a reprodução e apresenta um guia útil para a preparação do estudo.

O Contexto
 Tente descobrir alguma coisa sobre o contexto de passagem. Pode ser útil para saber: quem escreveu o texto? A quem ele escreveu e qual era o propósito original da escrita naquele tempo? Vai ajudar em muito, ter em mãos, um bom Comentário Bíblico e um Dicionário Bíblico, assim como, um livro de Estudo para aprofundamento do tema. Para ajudar a responder a estes tipos de perguntas.

Leitura e compreensão
Leia o texto com cuidado e busque as palavras que podem ser mais difícil de compreender. Isto tem uma importância particular se as pessoas estão estudando uma segunda língua (Hebraico/Grego). Lembre-se que pessoas podem sentir vergonha de admitir que compreender uma palavra. É melhor rever todo o termo difícil.

Observações
Ajude as pessoas a ver o que à passagem Bíblia é realmente esta querendo dizer. Use as perguntas para ajudar as pessoas a entender a mensagem ou a situação do texto.  Não é muito útil poder responder a questões com "sim" ou "não". As melhores perguntas no geralmente começam com: O que? ; Quem? ; Onde? ; Por quê? ; Como? ; Quando? Observe a ênfase principal da passagem antes de se debruçar sobre os detalhes do texto.

Interpretação
Depois que as pessoas tenham entendido o básico da passagem bíblica, procure ajudá-los a compreender e interpretar o que significa esta passagem para nós hoje. Por que, que isso esta acontecendo? Ou “por que devemos fazer isso”? É o tipo de perguntas que devem ser feitas e que vai ajudar as pessoas a encontrar o sentido da passagem. As perguntas devem ter como objetivo criar uma ponte entre nossas observações e nossa interpretação. Boas perguntas podem incluir: Por que o texto bíblico inclui essas imagens e símbolos? Quais são as palavras e ações marcantes dos personagens do texto bíblico? Porque que isso foi escritor e como interpretamos para nós hoje? Como as pessoas daquele tempo entenderam esta mensagem? Como é que esta passagem nos ajuda a compreender Deus hoje?

Aplicativo
Quando percebemos que as pessoas parecem ter compreendido o que significa a passagem bíblica, então temos que olhar nossas vidas, e ver se estamos fazendo o que a de fato a Bíblia nos ensina. Este é o tipo de questão que tem mudando nossas vidas e que nos chama a um verdadeiro desafio. Por exemplo: O que aprendemos sobre Deus? Como nós respondemos a sua Palavra de Vida? Existem aspectos da nossa vida que precisam ser mudado/convertidos? Existem exemplos que devemos seguir? E quais?

Ação
Quando olhamos para nossas vidas, muitas vezes achamos que há uma diferença entre o que estamos fazendo; e o que temos até agora aprendido; e o que deveríamos estar fazendo. Faça algumas perguntas que possam ajudar as pessoas a reduzir este vazio existencial. Então, poderíamos incluir: O que posso fazer agora? Como devo responder a essas questões?

Ligações com outras passagens Bíblicas
Quando interpretamos a Bíblia devemos permitir que a Escritura Sagrada a interprete a própria Escritura Sagrada. Ao preparar o estudo de uma passagem bíblica, busque todas as passagens semelhantes ou outros locais onde é feita referência ao versículo que está estudando. A Bíblia com referências e um processo que pode facilitar esse aprendizado. Os Livros de Concordâncias Bíblicas é um excelente manual para essas circunstâncias. Esses padrões podem ser usados para ajudar a preparar o estudo do Bíblico de qualquer passagem. Sempre que possível dar um título que menciona os itens que pretende aprender no estudo Bíblia

continua


terça-feira, 24 de setembro de 2013

Evangelho de João: A Teologia da Comunhão. Fernando Henriques - CEBI Méier

CEBI MÉIER
Comunidade Renato Cadore



Evangelho de João: A Teologia da Comunhão.

Fernando Henriques
coordenador



    O quarto evangelho do cânone do Novo Testamento pode ser atribuído a um discípulo de Jesus, chamado João (Mt 10,3). A Tradição mais antiga nos informa que o evangelho foi composto por João, filho de Zebedeu. O texto apenas indica como autor o Discípulo Amado. Entretanto os exegetas divergem quanto à sua identidade: poderia ser João, Mateus, Tiago, Pedro ou mesmo Maria Madalena. É certo que Mateus e Pedro morreram antes que este evangelho tivesse sido redigido. O mesmo se diz quanto a Tiago. Irineu de Lião aponta João como autor, baseado em testemunhos de presbíteros da comunidade de Éfeso. Papias de Esmirna afirma ter tido contato com contemporâneos de João. A exegese moderna aponta a impossibilidade de João ter escrito o 4º evangelho, mas pode ter feito uma redação primitiva em aramaico, mais tarde traduzida para o grego por algum seguidor. O autor do evangelho escreveu numa forma de teologia descendente, afastando-se da postura dos sinóticos.
     A época vivida pela comunidade joanina sofreu sensível piora desde a época de Marcos e Mateus, guardando alguma relação com a comunidade lucana. Tempos muito difíceis são vividos agora, com a ampliação das perseguições e a virtual expulsão do mundo judaico. Provavelmente contava com muitos samaritanos convertidos.
      A comunidade joanina enfrentava fortes perseguições do inimigo imperial e padecia de grandes tensões internas. Talvez por isso o ponto alto do escrito joanino seja a teologia da comunhão. Era necessário manter a fé da comunidade, dar-lhe esperança e coragem para a inevitável luta. O Dabar  introduzido na grande sinfonia de abertura fundamenta o modo de viver em comunidade.
     O Autor do Evangelho de João escreveu provavelmente para a comunidade de Éfeso, comunidade marcada pelo sofrimento e pela perseguição. Este pode ser considerado o Evangelho da Nova Libertação, afirmando que Deus não quer que seus filhos sejam vítimas da ingenuidade, mas profetas da Liberdade e da Verdade. E a verdade libertará (Cf Jo 8,32).
     A comunidade joanina precisava mais de resistência e coesão que propriamente de anúncio. O escrito busca sempre a unidade visando à sobrevivência do grupo. Há aqui um apelo insistente à comunhão, à unidade e ao Amor. Este evangelho provavelmente nasceu aos poucos, tendo sido acrescido por escritos da comunidade. O Evangelho de João provavelmente se dirige a Éfeso ou mesmo a comunidades judaico-cristãs do norte da África e do leste do Mediterrâneo. A data mais provável da redação final deste evangelho é entre os anos de 90 e 100 d.C.    
    A base cristológica do Evangelho de João reside na afirmativa de que Jesus é o Cristo desde sempre, porque estava junto ao Pai e era como o Pai, era Deus. Em João, Jesus é a comunicação do Pai, a Palavra. A Lei era um vinho de qualidade inferior. Agora há um vinho novo. O sentido de ser discípulo de Jesus acarreta a necessidade de nascer de novo. Quem não come da carne de Jesus, não bebe de seu sangue, não entra no Reino de Deus.
    Jesus veio substituir as instituições de sua época. Em Caná ele substituiu a Aliança. Em Jerusalém o Templo. Na Samaria a profecia. Por fim a grande lição da diaconia. A grande proposta de Jesus é o serviço. Lavar os pés uns dos outros. “Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros” (cf Jo 13,34).
    Em João o santo espírito é chamado de Paráclito. Ele continuará a obra de Jesus. O Espírito vai esclarecer e elucidar a mente das pessoas e da comunidade, visando a construção do Reino de Deus.
    O evangelho de João é chamado de Livro dos Sinais. O quarto sinal acontece do outro lado do mar da Galileia, entre os pagãos (cf Jo, 6, 1-15). Uma grande multidão segue a Jesus após a cura do paralítico. Da mesma forma que Moisés sobe ao monte Sinai, Jesus sobe à montanha e na altitude senta-se com seus discípulos. Ali vai acontecer a Páscoa.
     O costume dizia que todo judeu deveria dirigir-se a Jerusalém e seu templo por essa época do ano.  Jesus faz o caminho inverso, sai de Jerusalém e vai fazer a verdadeira festa da passagem no alto do monte em terras pagãs. Moisés havia liderado o povo hebreu deixando para trás a escravidão no Egito e rumando à terra prometida, terra de liberdade e de vida. Agora Jesus nos diz que Jerusalém se transformou em novo Egito e ele lidera o povo saindo da Judeia, terra de opressão e exploração, e rumando para terras orientais, a leste de Genesaré. A festa celebrada em Jerusalém não é mais uma festa de liberdade e vida e sim de opressão e morte. Jesus estabelece assim um novo êxodo, fugindo do poder que tira a vida do povo.
    Jesus ergueu os olhos, viu a grande multidão que o seguira e questiona a Filipe: onde se vai arranjar pão para tanta gente? Filipe pensa que a fome do povo não tem solução, pois não pode imaginar nada além de uma solução mercadológica. Ele sabe que o comércio tomou conta dos bens que sustentam a vida. Surge então em cena o primeiro discípulo, André (cf Jo 1,40). André representa a nova proposta diante da fome do povo. Peixe e pão de cevada eram o alimento típico dos pobres naquela época e lugar. Um pequeno tem cinco pãezinhos e dois peixes e está disposto a repartir, a partilhar os bens da vida. A fome do povo era aparentemente a primeira e única preocupação de Jesus. Ele manda que o povo se sente na grama. Ali temos o novo Templo, o lugar aonde Deus vai se encontrar com a humanidade. É lá que vai acontecer a partilha dos bens da vida e a fruição da dignidade e da liberdade humanas. No alto do monte o Reino de Deus acontece.
     Jesus pega o pão do povo e faz uma oração de agradecimento ao Pai. Todos têm direito a esses bens, porque é isso que o Reino de Deus prevê. O projeto do Pai prevê que todas as criaturas de Deus terão sua porção de alimento que sustenta e garante a vida. A proposta de Jesus traz a nova visão da economia no Reino de Deus: os bens que garantem e sustentam a vida não podem ser submetidos à ganância do comércio, pois Deus os destinou a todos. O povo passa fome como resultado de uma economia sem coração, que acumula vida para poucos à custa da miséria de muitos.
    O povo se farta e ainda sobra muita coisa. Disso aprendemos que se os bens da vida forem partilhados entre todos, todos ficarão satisfeitos e ainda sobrará muita coisa. A lição é muito clara: quando a vida é partilhada, todos a possuem plenamente, e ela transborda para todos. Jesus manda recolher o que sobrou para futuras necessidades. Nada de acumulação individual. Acumulação gera ganância. E o que é acumulado por alguns falta aos outros.

O CEBI Méier convida a todos para nossos encontros todos os sábados, das 8:30 às 12 horas, na Casa Padre Dehon. Venha participar desta reflexão.

Programação para setembro:

28/09 Curso Popular da Bíblia – monarquia e profetismo.


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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

EVANGELHO DE LUCAS: ALEGRIA DO EVANGELHO DE JESUS EM TODOS OS CANTOS DA TERRA. Biro - Valdeci de Oliveira - CEBI - VR

SETEMBRO MÊS DA BIBLIA(ICAR) 2013

EVANGELHO DE LUCAS: ALEGRIA DO EVANGELHO DE JESUS EM TODOS OS CANTOS DA TERRA.


Dedicamo-nos ao estudo do Evangelho de Lucas, relato escrito fora dos arredores da Palestina retoma as memórias no final do primeiro século, nos ajuda a aproximarmo-nos da originalidade da proposta do mestre Jesus.
Esse evangelho nasce das comunidades de Lucas, fundadas e acompanhadas pelo apóstolo dos gentios e pagãos: Paulo de Tarso e seus companheiros (as).

É neste contexto que tudo que a proposta de Jesus toma sentindo humanizador, o Reinado de Deus se faz presente na vida com justiça aos pobres e injustiçados.
O Discipulado em Lucas não traz nem ouro nem prata, mas Jesus Cristo. Aquele que foi capaz de bater o coração de todos, ensinado a partilhar, a serem misericordiosos uns com os outros, promovendo a reconciliação e levando alegria do Evangelho aos corações tristes e sem esperança.
A prática orante de Jesus Cristo tem um privilégio marcante neste Evangelho de Lucas. Foi alavanca que impulsionou as engrenagens da prática libertadora levando-os a intimidade com o Pai. Uma experiência de Cruz e Salvação demonstrada em forma de misericórdia, de perdão, e de acolhida a partir da vida com respeito à pessoa na sua dignidade humana.

O CEBI traz a proposta da LOB: Leitura Orante da Bíblia. Nascida e apoiada por nosso querido Profeta Dom Waldyr Calheiros de Novaes, um dos primeiros coordenadores do CEBI-Nacional.
A Igreja de Cristo no Sul Fluminense tem como características a Bíblia como companheira de caminhada. É uma marca indelével das nossas Comunidades Eclesiais de Base e dos Movimentos Ecumênicos fiéis ao caminho aberto pelo Galileu de Nazaré.
O CEBI convida a todos a redescobrir e refazer o caminho de Emaús, pois somos testemunhas de sua bondade e alegria.
Desejo a todos que tenham Setembro como o Mês da Bíblia, mas com intensa busca, no sentido da vida e de sua dignidade e na ressurreição do Homem de Nazaré.


Valdeci de Oliveira-Biro-Coordenador do CEBI-VR/ Assessor Bíblico GAEB- da Área Norte. Comunicador da Rádio Sintonia do Vale: Programa Palavra & Mensagem. Dom.10 às 12 valdecideoliveira@hotmail.com



AGENDA BÍBLICA


1 A 30 DE SETEMBRO
MÊS DA BÍBLIA ACONTECENDO EM VOLTA REDONDA
Tema: Discípulos (As) E Missionários (As) Em Cristo Segundo Ev. Lucas.
Lema: “... Celebrar A Volta Deste Seu Irmão E Alegrar-Nos,..., Estava Perdido E Foi Achado”. (Lc 15,32)
VÁRIOS ASSESSORES
REGIÃO PASTORAL DE VR


19-20 DE OUTUBRO
SEMINÁRIO BÍBLICO DO CEBI-VR:  O SENTIDO DAS PALAVRAS TOLERÂNCIA/INTOLERÂNCIA E SUAS FACETAS NA ATUALIDADE.
GINÁSIO AMARO INÁCIO.
OFICINAS BÍBLICAS COLÉGIO PARÁ OU AMARAL PEIXOTO

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Victor Jara El derecho de vivir en Paz

11 de setembro: quando o dia se fez noite. Gleides - Cebi Nova Iguaçu

11 de setembro: quando o dia se fez noite.

Há exatos quarenta anos – 11 de setembro de 1973 – as trevas do arbítrio e da violência se abateram sobre o Chile. Em plena Guerra Fria o país tinha eleito Salvador Allende, um presidente socialista que de forma democrática e pluralista, pretendia conduzir o país, especialmente as classes exploradas, à uma vida digna e menos desigual. Sonho esse esmagado pelas botas dos militares apoiados pelas classes até então dominantes e, é claro, pelos Estados Unidos da América.
De todas as crueldades cometidas nessa noite que durou 17 anos quero fazer memória daquela exercida contra Victor Jara, músico e poeta popular que embalou nossos sonhos de uma América Latina livre e igualitária.
Não irei aqui descrever toda violência cometida contra seu frágil corpo para que sua voz fosse para sempre calada e a força de suas canções não mais alimentasse a coragem e esperança do povo. Ele representava todos(as) aqueles(as) que usavam sua voz e poesia como instrumento de libertação.
Para que serviu tanta crueldade? Pergunta o jornalista Dorrit Harezin. Suas músicas foram relançadas, “bandas jovens o interpretam como um dos seus, companheiros velhos o cantam como no passado.” O Estádio do Chile, palco de centenas de fuzilamentos foi rebatizado com seu nome.
Enfim, Victor Jara vive!
E, ao contrário de um “dia de trevas” que continua se abatendo sobre alguma parte do planeta, esperamos – espera ativa – pelo dia que será sempre iluminado porque o Cordeiro e sua Justiça serão sua lâmpada.
(Ap 21, 23).
Gleides - CEBI Nova Iguaçu