domingo, 24 de novembro de 2013

Povo brasileiro foi às ruas gritar suas demandas. Fernando Henriques - CEBI Méier

CEBI MÉIER - Comunidade Renato Cadore


Povo brasileiro foi às ruas gritar suas demandas.
Fernando Henriques
coordenador


Brasília foi palco da abertura da Copa das Confederações. A presidenta Dilma e o presidente da FIFA foram mimoseados com uma solene vaia da classe média presente. Pobre no Brasil não pode mais ir aos estádios. Melhor dizendo, não pode ir às Arenas, nome da moda.
   O Brasil tem de volta o velho Felipão. A Família Scolari mais uma vez deu o ar de sua graça. Tendo em mãos uma grande geração de atacantes e uma defesa sólida como poucas em nossa história, o veterano treinador montou uma equipe competitiva e que até joga bonito de vez em quando. A poderosa Espanha não foi suficiente para parar o escrete canarinho. E Neymar já desponta como podendo vir a ser um de nossos maiores jogadores de todos os tempos, da estirpe de Zico, Pelé e Leônidas da Silva.
A Copa das Confederações é um aperitivo da Copa do Mundo. Não mais do que isso. Serve também para se testar a organização e o equipamento esportivo, ao menos parcialmente. Por isso é bom não superestimar a conquista. O Brasil já venceu antes e perdeu a Copa. Na verdade, até hoje, nenhuma seleção venceu a Copa das Confederações e a Copa do Mundo no ano seguinte. Cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém.
    Na época da ditadura militar a ARENA era o partido que dava sustentação ao regime autoritário. Na Roma antiga, arena era um local onde os leões se punham a comer os cristãos e não só. Modernamente arenas são essa mistura de estádio, espaço de shows e eventos, e shopping center em que foram transformados os campos de futebol. Muita sofisticação e pouco respeito pelo povão que era o grande frequentador de locais como a geral do Maracanã. O profissionalismo exacerbado e o chamado padrão FIFA ainda vão matar o nosso tão querido futebol.
   O futebol evoluía nos estádios e o povo protestava nas ruas. A partir de São Paulo e espalhando-se pelo Rio de Janeiro e pelo restante do país, tomou forma o protesto do MPL (Movimento Passe Livre), o qual parte do pressuposto que se falamos em saúde pública e em educação pública, também deveríamos falar em transporte público. Um transporte de massa de qualidade e que não tenha de ser pago pelo cidadão. Há diversos casos espalhados pelo mundo em que se cobra tarifa zero. Em São Paulo, anos atrás, a gestão PT (Luiza Erundina) da capital bandeirante tentou sem sucesso implantar o sistema. O MPL foi fundado em 2005 durante o Fórum Social Mundial capitalizando a chamada Revolta da Catraca em Florianópolis no ano anterior.
   O motivo imediato das atuais manifestações foi o aumento das tarifas de ônibus, trens e metrô na capital paulista: aumento de 20 centavos (de 3,00 para 3,20 reais). Mesmo aumento de ônibus no Rio de Janeiro (de 2,75 para 2,95 reais), onde já se havia registrado um aumento ainda mais salgado nas barcas e no metrô.
   Seguindo os métodos de convocação da chamada Primavera Árabe e de movimentos na Espanha e nos Estados Unidos, os jovens estudantes do MPL passaram a convocar grandes manifestações pelas redes sociais, a primeira delas em São Paulo, a 11 de junho, logo seguidas por manifestações no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Fortaleza e inúmeras outras capitais e cidades do interior, derramando-se por mais de 400 municípios. A resposta positiva à convocação pegou de surpresa a classe política, a mídia e a maioria do povo. Dia 13 de junho, Dia de Santo Antônio, um milhão de pessoas foram às ruas e desfilaram pela avenida Presidente Vargas, da Candelária até a sede da Prefeitura na Cidade Nova.
   É preciso notar que o MPL é apartidário, mas não antipartidário como certa facção da mídia tentou fazer crer. Na verdade, desde o início do movimento ele contou com a juventude do PSOL, PSTU, PCO e vários outros, além dos anarquistas. Já as estruturas partidárias demoraram cerca de 10 dias a se posicionar, inclusive a do PT. À medida que o movimento se expandiu foram sendo agregados feministas, gays, punks, juventude de igrejas diversas, cicloativistas, inimigos dos automóveis,black blocs e um sem número de outros tipos nem sempre bem rotulados.
   Depois de alguma hesitação, os governos recuaram e cancelaram o aumento dos transportes públicos, esperando assim esvaziar o movimento. Não foi bem assim. Logo foram surgindo outros gritos de luta. As demandas por melhor educação, melhores transportes, melhor cuidado com a saúde foram somadas a reivindicações de reforma política e contra a PEC 37 (Proposta de Emenda à Constituição) que retirava do MP (Ministério Público) o direito de investigação.
   O fator aglutinador do movimento depois da quebra da bandeira das tarifas talvez tenha sido a truculência da Polícia Militar na repressão ao movimento. Enviar contra manifestantes exercendo a sua cidadania uma tropa de choque, treinada para enfrentar as poderosas e bem armadas quadrilhas do narcotráfico, pode não ter sido a melhor decisão. Trouxe de novo à discussão a necessidade de se desmilitarizar a polícia, por enquanto um pequeno eco em meio à gritaria. Muitos jornalistas foram espancados e presos acusados de formação de quadrilha entre outros delitos. O que só atesta o despreparo da polícia em lidar com um suposto levante popular.
   A televisão e os jornais pareceram também surpresos com a magnitude dos protestos. De início restringindo-se a informar os incômodos que resultavam para o trânsito das cidades, logo perceberam o fato novo e associaram-se à agenda da direita política que tentava empolgar o apelo das ruas com demandas essencialmente conservadoras e até mesmo irresponsáveis namorando o golpismo institucional. Apareceram bandeiras a favor das privatizações e exigindo redução de impostos.
   A imprensa passou a mostrar a ação de radicais no interior do movimento, rotulados como vândalos, e a separar esses elementos da maioria pacífica dos manifestantes. Ônibus, agências bancárias e mobiliário urbano foram os principais alvos. Mas quem eram esses vândalos? Muitos eram simplesmente manifestantes extremados, mas não se pode descartar a infiltração de grupos interessados na desestabilização da vida pública.
   Uma turma de oportunistas operando no limite da marginalidade percebeu a oportunidade e os saques de lojas começaram.
   O governo federal, com algum atraso, passou à ofensiva tentando encampar a hipótese da reforma política. A presidenta Dilma Rousseff propôs um plebiscito sobre o assunto, mas alguns constitucionalistas viram logo uma impossibilidade jurídica na proposta.
   O Congresso Nacional, atacado diretamente pelos manifestantes em Brasília também se viu obrigado a uma tomada de posição, desengavetando inúmeros projetos de cunho social que estavam esquecidos. E a votação da PEC resguardou o direito investigativo do MP. Alguns renomados juristas apontavam flagrante inconstitucionalidade da proposta e uma nova batalha no STF (Supremo Tribunal Federal). Desta vez não foi preciso chegar a tanto.
   Por fim, a ação de vândalos (radicais e oportunistas) tornou-se tão problemática que o MPL resolveu sair das ruas e não convocar mais manifestações. Entretanto elas ainda tiveram fôlego para mais passeatas. Com o tempo houve o natural refluxo.  
   Uma das demandas que as ruas colocaram foram os gastos com os estádios para a Copa do Mundo 2014. Realizar a Copa, que parecia ser uma unanimidade nacional, mostrou que contava com muitos opositores nas ruas. Algumas das manifestações foram em direção aos palcos dos jogos da Copa das Confederações.
   Outra constatação: é cada vez maior o número de pessoas que não se reconhecem representadas no sistema eleitoral vigente. Muitas instituições perderam prestígio, como o Executivo, o Legislativo e até o Judiciário, além dos partidos políticos.
   As manifestações brasileiras diferem de outras pelo mundo a fora. Aqui não há crise política e nem econômica. Os doze anos de governo petista reduziram dramaticamente os índices de pobreza, a massa salarial aumentou, estamos próximos do pleno emprego. As ruas parecem dizer que isso não basta. O exemplo provavelmente mais próximo são as manifestações em Istambul, na Turquia.
   Fato político relevante: as primeiras pesquisas realizadas após os acontecimentos mostram acentuada queda na aprovação popular de governadores e prefeitos. E também do governo federal do PT e aliados. E especialmente caiu bruscamente a popularidade da presidenta Dilma Rousseff. As eleições do ano que vem podem não ser as favas contadas que muitos imaginavam ser.
   Por fim os trabalhadores entraram em cena. As principais centrais sindicais convocaram manifestação unitária em todos os cantos do país. No Rio de Janeiro, cerca de dez mil trabalhadores tomaram a Avenida Rio Branco, caminhando da Igreja da Candelária até a Praça Floriano, onde se situa a Câmara de Vereadores. A volta dos trabalhadores às ruas talvez tenha sido o fato mais importante de todo este processo.
    Voto não tem preço, mas traz sempre muitas consequências. Ano que vem os brasileiros serão chamados a um importante ato eleitoral. Numa altura em que a cidadania se vê reforçada pelos movimentos das ruas e órgãos como a CNBB e a OAB se empenham em fazer acontecer uma verdadeira reforma política, todos os cristãos são convocados a participar das decisões que afetarão a toda a comunidade.

   O CEBI Méier contempla uma Comissão de Cidadania, Fé e Política. Neste ano que se aproxima será necessário estabelecer os modos de intervenção que possibilitem uma ajuda às pessoas na tomada de decisão a que serão chamadas. Venha trazer sua contribuição, defender suas opiniões e participar dos debates que certamente a Comissão vai organizar.
   O CEBI Méier se reúne todos os sábados (exceto feriados) das 8:30 às 12 horas, na Casa Padre Dehon (Rua Vilela Tavares, 154, Méier). Venha participar das nossas reflexões.  

Programação para novembro/dezembro:

30/11 Curso Popular da Bíblia – monarquia e profetismo.
07/12 Vaticano II – Décimo Encontro – Reversão do Concílio.
14/12 Celebração de Natal.

Obs: Depois estaremos em férias, voltando a partir de março.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Princípios da interpretação bíblica - Valdeci de Oliveira - Biro -CEBI VOLTA REDONDA

Princípios da interpretação bíblica


Divergências na fé costumam ser fruto, entre outros, de diferentes maneiras de entender a Bíblia. Confrontam-se uma interpretação literal e outra mais liberal. Joga-se a leitura popular contra a exegese acadêmica, e vice-versa. Denunciam-se o preconceito e a distorção arbitrária. De fato, a Bíblia pode ser abusada para dar legitimidade aparente às mais absurdas convicções. Torna-se objeto de disputa entre facções cristãs. Como assegurar-lhe a função de bússola da fé e protege-la contra o perigo de ser degradada a pedreira, da qual todos se servem a bel-prazer.

É tarefa da comunidade cristã zelar pela leitura bíblica e exigir-lhe disciplina. Certamente a Bíblia pode, ela mesma defender-se contra a violência dos intérpretes. A verdade cedo ou tarde vai julgar os defraudadores. Mesmo assim, esses podem causar estragos, que é preciso evitar. Há regas a observar quando se lê a B[iblia, no que a igreja luterana se vê particularmente comprometida a insistir. Listamos as mais importantes:

a) Importa distinguir entre o que a Bíblia disse e o que ela diz. Como livro histórico falou em sua época. Não é permitido ignorar a diferença dos tempos e dos lugares sob pena de falsificar o sentido. Deve haver coerência entre os enunciados ontem e hoje. Para entender a Bíblia hoje, é preciso recorrer ao passado para então traduzi-la em novo contexto. Previne-se assim a manipulação dos textos.

b) Importa ler a Bíblia toda e resistir à tentação de isolar certas passagens. Cada versículo faz parte de um conjunto maior. A fragmentação dos textos favorece a confirmação de preconceitos dos e das intérpretes. Quem “filtra” a Bíblia para permanecer somente com as passagens “simpáticas” já não mais deixa a Bíblia falar. Deixou de aprender.

c) Importa ler a Bíblia criticamente, isto é, a partir de Jesus Cristo. Pois embora não seja permitido desconsiderar as partes “antipáticas”, os textos bíblicos necessitam de avaliação. A exaltação da vingança, por exemplo, que se observa em alguns salmos (Salmo 149,7, por exemplo), colide com o amor aos inimigos, pregados por Jesus. Algo análogo vale com relação à discriminação da mulher. Que Eva seja mais culpada do pecado que Adão (1 Timóteo 2.13ss) não pode ser sustentado perante o tribunal de Jesus Cristo. Os textos bíblicos não deixam de mostrar reflexos dos condicionamentos humanos de seus autores. Por isso mesmo, Jesus Cristo é o juiz da Escritura e da História da Salvação e de cada uma de suas partes.

d) Importa ler a Bíblia como membro da comunidade cristã. Não só eu leio a Bíblia. Outros leem também. Por isso devo testar a solidez da minha leitura no intercâmbio com os demais, sejam leigos, pastoras, acadêmicos, sejam pessoas do passado ou do presente. Ninguém tem um monopólio. O Espírito Santo distribui seus dons a todos.

Compreender exige esforço, humildade. A Bíblia é como um campo cheio de tesouros. Para encontra-los é necessário revirar a terra.






Valdeci de Oliveira-Biro-
Coordenador do CEBI-VR/ Assessor Bíblico GAEB- da Área Norte.
Comunicador da Rádio Sintonia do Vale: Programa Palavra & Mensagem. Dom.10 às 12 HS

valdecideoliveira@hotmail.com

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

ENCARTE BÍBLICO DIGITAL - José Geraldo Lima e Valdeci de Oliveira-Biro do CEBI-Volta Redonda

ENCARTE BÍBLICO DIGITAL DO CONSÓRCIO BÍBLICO PASTORAL DA DIOCESE(ICAR)- BARRA DO PIRAÍ VOLTA REDONDA-RJ


27° CÍRCULO BÍBLICO DE OUTUBRO:  LUCAS 16,19-31

LEMA: “Um pobre chamado Lázaro, cheio de feridas, que estava caído à porta do rico (Lc 16,20)”.

PREPARAR O AMBIENTE: Um pano estendido no chão, sobre ele um crucifixo, a Bíblia aberta no texto que vai ser lido, uma vela acesa (símbolo da luz), flores a figura de um mendigo (pobre e outra figura rico), uma faixa escrita com o lema do encontro.

ACOLHIDA: Animador/a - Estamos reunidos para ouvir o Evangelho de hoje que nos alerta o perigo da riqueza, que explora os pobres, diante de Deus. A nossa missão é dar continuidade ao Projeto de Deus. Reunidos em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
CANTO: Utopia (Cantando a Esperança nº332)

LEITOR: O pão que pertence aqueles que não têm nome e nem rosto é a vida dos pobres, quem os proíbe de viver em paz é sanguinário. É assassino do próximo quem lhes rouba os meios de vivencia; derrama sangue, quem despreza os pobres, pratica o gesto e atitude da arrogância e da prepotência e não vê no outro à imagem semelhança de Deus e que tem o direito sagrado de viver. Segundo Jó, riqueza é apropriação de ganhos que deverá um dia ser devolvidos aos mais fracos. O fato de alguém possuir mais que os outros não constituem a riqueza, contudo a posse de bens necessários não justifica desprezar o outro.

CANTO DE ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO: Buscai Primeiro (cantando a esperança nº 456)





Um olhar para o Evangelho de Lucas 16,19-31.

PARA REFLETIR:

1)Como nós podemos ajudar a aplainar as montanhas (grandes dificuldades da vida) que sustentam estruturas que geram lucro para poucos?
2)Frente a nossa realidade como esta sendo a nossa atitude pastoral: estamos pensando e agindo como ricos e soberbos ou como servos de Deus que edificam o reinado de Deus aqui na terra?

PRECES: Animador/a – Vamos colocar em forma de prece tudo aquilo que acabamos de refletir e meditar sobre o Evangelho em nossas vidas.  Ao termino rezar o Pai Nosso.

CELEBRANDO A VIDA: O pobre doente, caído e quase morto à porta do rico, com cachorros lambendo-lhe as feridas, à espera de migalhas que caíam da mesa do rico. O pobre morre e vai ao seio de Abraão, isto é, para vida do povo de Deus, junto a Deus. O Evangelho nos chama atenção ao conduzir a nossa vida a serviço do bem comum. Todos nós somos filhos e filhas de Deus, porém todos são iguais no plano de Salvação do Senhor da vida.

OREMOS: Animador/a – Com o sopro do Santo Espírito, nos impulsiona a amar e defender os filhos e filhas do Pai, vivendo o amor fraterno e a justiça que o Filho Jesus viveu e nos ensinou. Confiando na trindade santa: ao Pai, no Filho e no Espírito Santo, queremos ajudar a construir uma sociedade mais justa, com paz e segurança para todos. Amém!

BÊNÇÃO: Ó Deus da vida nos abençoe e confirme a obra de nossas mãos, a serviço do teu Reino. Amém!
CANTO: Quero ouvir teu apelo Senhor (Cantando a Esperança n° 689)
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
TODOS: Para sempre seja louvado!



28° CÍRCULO BÍBLICO DE OUTUBRO:  LUCAS 17,1-21

LEMA: “Se vocês tivessem fé do tamanho de uma semente de mostarda, poderiam dizer a esta amoreira: Arranque-se daí, e plante no mar. Ela obedeceria a vocês”. (Lc 17,16b)

PREPARAR O AMBIENTE: Estender um pano no chão, sobre ele um crucifixo, uma vela acesa (símbolo da luz), a Bíblia aberta no texto que vai ser lido, um pires pequeno de sementes miúdas, uma faixa escrita com o lema do encontro.

ACOLHIDA: Animador/a - Irmãos e irmãs, a Palavra de Deus hoje nos convida olhar a nossa fé, nosso testemunho de vida cristã, que sustenta a nossa caminhada no seguimento de Deus. Iniciemos nosso encontro: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
CANTO: Dom da vida (Cantando a Esperança nº 360).

LEITOR: A nossa missão é unir a comunidade, na família, no trabalho, na correção fraterna, e no perdão. Que o Senhor aumente a nossa fé e que ela nos anime e nos oriente na vida e na história, para sermos obedientes à Palavra de Deus que se manifesta na ternura. A vida que Deus  nos dá em Jesus Cristo é gratuitade, é graça.

CANTO DE ACLAMACÃO AO EVANGELHO: Vai Falar No Evangelho. (Cantando A Esperança N° 458).

Um Olhar Para O Evangelho De Lucas 17,1-21.

PARA REFLETIR:

1)“Somos empregados inúteis; fizemos o que devíamos fazer”, Como entender essa expressão de Jesus?
2)Em nossa comunidade por que há escândalos que abalam a fé das pessoas? Quais? Quem os provoca? Por que agimos assim?

PRECES: Animador/a - Vamos colocar em forma de prece, tudo aquilo que acabamos de refletir e meditar sobre o Evangelho em nossas vidas. Terminar rezemos o Pai-Nosso.

CELEBRANDO A VIDA: Se o Evangelho adverte os discípulos sobre os escândalos, é porque esta discriminação estava bem viva nas comunidades cristãs daquele tempo. Jesus sabe que os escândalos são inevitáveis. Mas ai daquele que os provoca. A comunidade é feita de pessoas imperfeitas, que erram e se ofendem continuamente. Sem perdão, a comunidade não poderia continuar. Ela existe para continuar praticando e vivendo o Projeto do Reino e ser presença do amor e da misericórdia de Deus.

OREMOS: Seja nossa luz nas trevas. Senhor, e na tua grande misericórdia, protege-nos de todos os escândalos durante o caminho de nossa existência terrestre. Reaviva em nós, em nossas comunidades, a luz da esperança e da fé; que brilhe em nossos corações o conhecimento da tua glória, que resplandeça em nós a face do Cristo, ele que reina contigo e o Espírito Santo, pelos séculos dos séculos. Amém!

BÊNÇÃO: Que o Deus da unidade nos faça capazes de cumprir sua vontade, fazendo tudo o que é bom, e agradável aos olhos de Deus. Agora e para sempre. Amém!
CANTO: Eis-me aqui Senhor (Cantando a Esperança nº 364).
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
TODOS: Para sempre seja louvado!


29° CÍRCULO BÍBLICO DE OUTUBRO:  LUCAS 17,22-37

LEMA: “Quem procura ganhar a sua vida, vai perdê-la; e quem a perde vai conservá-la” (Lc 17,33).

PREPARAR O AMBIENTE: Estender um pano no chão, sobre ele um crucifixo, a Bíblia Sagrada aberta no texto que vai ser lido, flores, uma vela acesa (símbolo da luz), uma faixa escrita com o lema do encontro.

COLHIDA A: Animador/a - Sejam todas e todos reunidos na mesma fé em Jesus Cristo, que manifesta no Evangelho, a nossa salvação que depende dele. Estamos reunidos: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!
CANTO: Venham todos (Cantando a Esperança nº 344).

LEITOR: Devemos nos esforçar para que todas as pessoas tenham um encontro pessoal com Jesus Cristo, que possam ser atentos as verdades de Deus, que contagianos com a sua Palavra que nos orienta a nossa vida, a ser conduzida  a plenitude da vida gloriosa com Deus.

CANTO DE ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO: Aleluia, Aleluia! (Cantando a Esperança nº 419).

Um olhar para o evangelho de Lucas 17, 22-37.

PARA REFLETIR:

1) Como prever o dia do Filho do Homem(aquele que faz a ligação entre Deus e seu povo: Jesus Cristo)? Como analisaria o dia do julgamento e vinda do Reino da Justiça?
2) Como podemos de fato saber que o Reinado de Deus está no meio de entre nós?

Animador/a – Vamos colocar em forma de prece tudo aquilo que acabamos de refletir e meditar sobre o Evangelho e a nossa vida. Terminar com a oração Pai Nosso.

CELEBRANDO A VIDA: Jesus é o próprio Filho do Homem, o misterioso personagem que vem da parte de Deus para fazer o julgamento e instaurar o Reinado. Chegará o tempo em que os discípulos desejarão vê-lo, mas não poderão. Por quê? Porque Jesus “deverá sofrer muito e ser rejeitado por esta geração”. De fato, o julgamento e o Reinado serão frutos do seu testemunho até o fim, até a morte, sua morte nas mãos dos poderes injustos e os condenará. Então, ficará claro que o Reinado é o triunfo de justiça sobre a injustiça.

OREMOS: Animador/a – Senhor da vida, a tua vitória contra as forças opressoras deste mundo. Ela é capaz de destruir no coração do discípulo fiel a ganância pelo poder, o desejo de domínio e o materialismo. O seguimento de Jesus passa pelo dom da entrega de si mesmo, do consumir-se por amor ao Reinado e ao próximo.

BÊNÇÃO: Somos teus filhos e filhas amados de Ti, Queremos estar a seu serviço, com o coração e o pensamento abertos para discernir a assumir o teu projeto de amor. Contamos contigo para as tarefas que nos cabem, para estar firmes como discípulos e discípulas de Jesus.
- Que o amor do Pai nos lembre de sempre o valor dos seres humanos e da Criação inteira.
- Que a Boa Nova do Filho nos anime na promoção dos valores do Reino
- Que a luz do Espírito Santo nos inspire nas melhores escolhas. Amém!

CANTO: Missão de todos nós (Cantando a Esperança nº 687).
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
TODOS: Para sempre seja louvado!


30° CÍRCULO BÍBLICO DE OUTUBRO: LUCAS 18,1-14.

LEMA: “Numa cidade havia um juiz que não temia a Deus, e não respeitava as pessoas” (Lc 18,2).

PREPARAR O AMBIENTE: Estender um pano no chão, sobre ele um crucifixo, uma vela acesa (símbolo da luz), a Bíblia aberta no texto que vai ser lido, flores, uma faixa escrita com o lema do encontro.

ACOLHIDA: Animador/a – Estamos unidos na fé no Deus da vida, que nos ensina: Primeiro é preciso buscar a justiça com perseverança, sempre nunca desanimar, certos de que Deus é justo e vai nos libertar com justiça. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

CANTO: Sim eu quero (Cantando a Esperança nº 847).

LEITOR/A – A pessoa humana é vocacionado: inteligência, sentimentos, vontade, memória, capacidade de crescer e de viver alicerçado na justiça social. O desejo de Deusé que o homem e a mulher sejam o coração e o pensamento do mundo. Ele é premiado com capacidades de ordenar tudo o que foi criado para seu conforto e vida digna para seus irmãos e irmãs. Todos juntos são chamados a crescerem na direção da vida plena. Este é desejo de Deus.

CANTO DE ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO: tua palavra é vida senhor (Cantando a Esperança nº 760).

Um Olhar Para O Evangelho De Lucas: 18,1-14.

PARA REFLETIR:

1) Por que a busca da justiça deve ser o centro da nossa ação e oração do Cristão? Como isso acontece em nossas comunidades de Fé?
2) Explique essa expressão de Jesus: “O Filho do Homem quando vier, será que vai encontrar a fé sobre a terra”?

PRECES: Animador/a – Vamos colocar em forma de prece, tudo aquilo que acabamos de refletir e meditar sobre o Evangelho e a nossa vida. Terminar com o Pai Nosso

CELEBRANDO A VIDA: A viúva está no seu direito, mas ninguém lhe fez justiça. Ela recorre no juiz, mas este é corrupto, e a única arma dela é a insistência, a arma dos pobres. A parábola insiste sobre a busca perseverança de justiça. É isso que os pobres devem fazer; perseverar, na ação e na oração, buscando a justiça. Será que Deus lhes vai negar isso? Pelo contrário. O próprio Projeto de Deus é o Reinado da justiça. Mas há um desafio. Deus precisa dos homens e mulheres que busquem e lutem pela justiça. É assim que Jesus, o Filho de Deus, surgem, fazendo justiça e trazendo o Reino entre nós.

OREMOS: Senhor ensina-nos a ter sensibidade, clareza, de nossos gestos e atitudes de cristãos, no seguimento de vosso Filho Jesus Cristo. Que nós sejamos úteis fraternos, aqui na terra, onde habitamos com nossas famílias. Por isso, Senhor Jesus, nós queremos te agradecer permanentemente, que nos ilumine e nos dê firmeza na fé e caminha conosco na vida e na história. Amém!

BÊNÇÃO: O Senhor nosso Deus continua chamando homens e mulheres para o trabalho do teu Reino em Cristo, reconciliar todas as coisas. Ele pergunta: “A quem enviarei e quem há de ir por nós”. Amém!
CANTO: Pelas estradas da vida (Cantando a Esperança nº 793).
Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!
TODOS: Para sempre seja louvado!



Encarte produzido por José Geraldo Lima e Valdeci de Oliveira-Biro

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA:

MESTERS, C.; OROFINO, F. Pé no chão, sonho no coração. Olhar no espelho das primeiras comunidades. Círculos Bíblicos dos Atos dos Apóstolos (1a parte: At 1,1 a 11,18). São Leopoldo: CEBI, 2001, 146 p.
MOXNES, H. A Economia do Reino: Conflito Social e Relações Econômicas no Evangelho de Lucas. Traduzido do inglês por Thereza Christina F. Stummer. São Paulo: Paulus, 1997, 166 p.
RICHARD, P. O Movimento de Jesus depois da Ressurreição: Uma Interpretação Libertadora dos Atos dos Apóstolos. Traduzido do espanhol por José Afonso Beradin. São Paulo: Paulinas, 1999, 223 p.
RIUS-CAMPS, J. O Evangelho de Lucas: O Êxodo do Homem Livre. Traduzido do espanhol por João Rezende Costa. São Paulo: Paulus, 1997, 363 p.
STORNIOLO, I. Como ler o Evangelho de Lucas: Os Pobres Constroem a Nova História. 5. ed. São Paulo: Paulus, 1997, 222 p.